segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Oração



A mim,

basta apenas uma oração ao amanhecer:
que o amor preceda todas as minhas atitudes.

Amem.



Testamento



Daqui a algum tempo (sabe-se lá quando) alguém vendo minha fotografia, perguntará quem sou eu. 
Um outro alguém (sabe-se lá quem) talvez dirá: foi um bom homem, deixou saudades, mas... já morreu.

Papo de Rua


- Você podia me informar onde é a prefeitura?
- Prefeitura? Ah, a gente tinha sim.Durante uns tempos até deu certo, mas agora fechou...
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- Eu tenho borderline.
- Eu tenho border collie.

Paradoxo


Meu cartão de crédito vive com débitos. 
E o meu cartão de débito vive sem crédito.


Levytando


Assisti ontem no Jornal da Globo a entrevista com o Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Me pareceu que ele estava em outro planeta e talvez pelo nome,ele tenha uma capacidade de levytar que sinceramente me impressionou. As perguntas formuladas pelo William Waack e pela Cristiane Pelajo eram respondidas por ele sem variações de voz, nem de expressão.
Me imaginei fazendo perguntas ao ministro:
- Ministro, o barco está afundando e o que faremos? 
- Na verdade quando o barco afunda testamos a sua capacidade de submersão...de repente o barco pode virar um submarino. Temos aí não uma crise e sim uma oportunidade
- Ministro, a casa está pegando fogo. O que fazer?
- Na verdade, o fogo nos testa nossa capacidade de absorção de energia e é importante sinalizar que neste momento entendemos melhor as dificuldades do bombeiro. Nosso governo não apaga incêndios, testa bombeiro. 
- Ministro, o brasileiro está com a corda no pescoço. Como sobreviver a isto?
- Na verdade já estivemos na corda bamba em outros momentos. e a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Então temos que ser fortes. Se não entrarmos todos em um acordo, não iremos acordar nada e tudo poderá ficar em desacordo.

Entenderam?

Inha




Um dia terei alguém que será realmente minha
Não no sentido da posse, pois isto sei, é erva daninha
Que me tratará como um rei e eu a ela como rainha
Que não irá querer um palácio, mas tão somente uma casinha
Que dividirá a vida a dois, sabendo também estar sozinha
Que comerá camarão na moranga e frango com abobrinha
Que saberá andar no shopping, mas caminhará em uma rocinha
Que o diálogo será maiúsculo e os atritos? Discussõezinhas
Que a paixão será o motor e o carinho, a ventoinha 
E o amor será incomensuravelmente maior que qualquer palavrinha
E seremos então, felizes para sempre, durante uma vida inteirinha.


Coragem



O mundo atual vende o conceito da "coragem" e não são poucos o que compram a tal propaganda enganosa. Por exemplo, relacionamentos se findam porque alguém teve a "coragem" de colocar um fim no que "não estava dando certo". Vale refletir se estas mesmas pessoas não tiveram a coragem para enfrentar os problemas de uma relação, que exigem esforço, compreensão e persistência para dar certo.

Jardim




Depois que o vendaval passou
Eu fui catando pelas ruas
o pouco que sobrou de mim.
E das pétalas que ficaram,
dos aromas que restaram
Eu reguei novo jardim.


Ouve aí, prefeitos!

A comunicação pública é cada vez mais uma ferramenta estratégica, um direito de todo cidadão e deveria ser encarada com muita seriedade por todos os agentes públicos. O próprio princípio da publicidade na administração pública sugere tal importância no controle das ações e da necessária transparência dos atos de governo. Infelizmente (e já faz tempo) os nossos administradores não se preocupam muito com a imagem, a linguagem, a forma, o conteúdo, o veículo, o timing e principalmente, o mais importante, o público alvo. Não sabem que a comunicação é elemento integrante do marketing político e só se preocupam com este tema na hora das eleições. A eles, recomendaria os livros ou palestras, ou mesmo vídeos do emérito professor Gaudêncio Torquato. Contudo, vou pedir licença ao mestre para dar meus “pitacos” nesta conversa. 
Comunicação vem do latim “communicare” que significa “tornar comum”, ou seja, verdadeiramente só comunicamos quando o outro, aquele a quem dirigimos a mensagem, compreendeu o que dissemos e nos dá um feedback, um retorno, para que a “conversa” continue. Só aí já temos um problema sério pois a maioria desconhece a diferença entre comunicar e informar.
Saindo do tom “professoral” e teórico deste assunto que por si é por demais complexo, vou atentar ao que remete ao título deste artigo.
A atual administração pública em Poços de Caldas, diga-se com “louváveis interesses, de manter o contato” e o “diálogo” com a população” começou a transmitir pela Rádio Libertas, um programa denominado “Fala aí, prefeito”. Pontos positivos: o nome do programa, que passa a ideia de uma conversa informal e espontânea e a própria utilização do espaço da emissora oficial da prefeitura para a sua veiculação. Ponto. Parágrafo. Travessão. Outra linha. A partir daí os “ruídos da comunicação” são muitos.
A começar pelo timing, ou seja, o momento em que este programa está sendo transmitido, quase no apagar das luzes da atual administração, o que passa a sensação de que a “campanha política” já começou. Daí confunde-se publicidade com comunicação. Por que tal programa não foi realizado logo no início de governo? Por que só agora?
Outra questão é que o programa é gravado, o que indica que houve um trabalho de edição e daí a espontaneidade ganha traços de uma fala mecânica, sem expressão, sem emoção. A conversa entre o apresentador e o prefeito (sem demérito, nem critica a quem apresenta, já que está se seguindo um roteiro) nos lembra o apresentador Fausto Silva entrevistando os artistas da Globo. A pergunta já sugere a resposta. “O senhor não acha que é importante a participação popular? ”. “Sim, a participação popular é de fundamental importância e em nosso governo...”. Quando se inclui perguntas da população (que sugerem também uma montagem), a pergunta é feita de forma quase elogiosa, ou mesmo, para “levantar a bola para o prefeito chutar”. “A Rita do bairro tal diz que ficou muito feliz com a inauguração...”
Sobre o mesmo assunto, e só “para não dizer que não falei das flores”, quando diretor da Libertas FM em tempos do ex-prefeito Paulo César Silva, isto em 2010, realizamos logo no início do seu governo, um programa denominado “Conversa com o prefeito”. No início o programa, realizado ao vivo, até que foi bem e começou a ganhar certa audiência. Posteriormente, saiu do ar. O motivo: os mesmos que justificam o presente artigo.
Comunicação é diálogo entre duas pessoas ou mais. Se uma só quer falar e não quer ouvir, vira monólogo. Se o objetivo é fazer publicidade dos atos de governo, sem se preocupar em dar espaço às criticas, melhor mesmo é esperar o horário eleitoral.
Aliás todo administrador público deveria saber que para se criar credibilidade e efetivamente realizar a comunicação entre governo e população, mais do que exercitar o “fala aí, prefeito”, um outro programa deveria fazer parte e ser prática diária de qualquer administração pública: o “Ouve aí, prefeitos! ”.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O amor virá



    Não corra atrás do amor. O amor não é busca, é espera.
    Não se esforce para achar um grande amor. O amor não é procura, é encontro.
    O amor necessita é de liberdade para viver. ...
    Ele espera nascer assim, sem dia de chegada, sem hora marcada, de parto normal, para fazer do coração da gente, o seu berço, e da nossa vida, a sua morada.

sábado, 30 de maio de 2015

Love Story


Os filmes que assistimos.
 Hoje sei. 
Foram eles os culpados por esta certeza de que o amor chegaria fruto de um encontro fortuito em um improvável esbarrão numa esquina qualquer.
Encontrar-nos-ia em uma tarde chuvosa, quando um guarda chuva se enroscaria em uma sombrinha e aquele encontro nunca mais teria fim. Amor além da vida.
Aconteceria assim, quando, de tanto esperar, não mais esperássemos. 
Nasceria de um olhar despretensioso ou um sorriso fugaz. De repente, é amor.
De um jeito sem querer, o maior bem querer. Loucamente apaixonados.
Imaginávamos nas gôndolas em Veneza, nas pontes de Madison, em um lugar chamado Notting Hill. 
Outubro em Nova Iorque. Doce Novembro. Antes do amanhecer. 
Os corpos tão encaixados, os abraços tão abraçados, os beijos tão apaixonados.
Ah! O nosso desejo de desejar assim.
 E o vento levou...
The End.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Viver para quês?


O Que, o Quando, o Quem e o Porquê se encontraram para discutir a razão de viver.

O Que afirmou:
- Para encontrar a razão da vida, o ser humano necessita descobrir o que ele veio fazer aqui.  Quando a pessoa descobre a sua missão, ou seja, o que ela veio fazer na Terra, tudo fica claro, pois descobriu a razão da sua existência. Tanto é assim que as pessoas somente se descobrem quando encontram sua verdadeira profissão e sentem-se felizes fazendo o que gostam.
O Quando, então, interveio:
- Me desculpe, mas, a coisa mais importante da vida é o tempo. Por isto, a existência do passado, do presente e do futuro. Muitos vivem no passado, outros desperdiçam o presente e tantos esperam o futuro que nunca chega. A maioria se esquece da importância do agora. Quem descobre o tempo certo de fazer cada coisa, estará descobrindo que a razão da vida é simplesmente vive-la a cada momento. A vida acontece no quando.
O Porquê, à sua maneira, filosofou:
- A razão de viver não tem uma resposta única. Ela é fruto da soma. Em cada situação, desde aquelas de maior relevância até a mais simples atitude, a pessoa necessita perguntar o porquê. E isto não quer dizer que ela irá encontrar a resposta. A curiosidade é que move a vida. Sem ela nada faz sentido. Quando alguém para de perguntar os porquês de tudo, verdadeiramente, perdeu a razão de viver. 
O Quem, por sua vez, replicou:
- Vocês estão discutindo o mundo exterior como se isto justificasse a existência humana. Conhecer a si mesmo é o mais importante. Quem se descobre, quem se reconhece, quem tem consciência da dimensão da vida interior, não se deixa abater pelas coisas terrenas e alcançará a vida em sua plenitude.  Vocês são apenas imagens do ter. A verdadeira realização, a razão de viver se encontra no interior de cada pessoa, no próprio ser.
E assim ficaram discutindo por várias horas sem chegar a uma conclusão. Até que passou por eles um senhor com cerca de 80 anos e ao saber do motivo da conversa, concluiu:
- Passei toda minha vida tentando descobrir o que vim fazer aqui na Terra. Questionando quem eu sou, quando seria a data da minha partida e o porquê da minha existência. Foi somente dias atrás que me foi revelada a razão da vida, o que estamos fazendo aqui, de onde viemos e pra onde vamos.  E a resposta para tudo isto é...
Neste instante, o senhor interrompe bruscamente sua fala e, suando em bicas, coloca a mão no peito e tem um infarto fulminante.

Moral da história: existem muitas histórias que, como esta, não têm moral nenhuma. 

sábado, 23 de maio de 2015

Universitários sem universo

Outro dia, estando em reunião pedagógica, em meio a discussões, papéis, relatórios, avaliações, planejamentos de aula, números e metas, refleti sobre o que estava ocorrendo e me questionei: Onde foram parar os nossos sonhos?
Dias depois, ainda incomodado com tal pergunta, percebi que os sonhos continuam existindo sim, porém, eles parecem estar se tornando cada vez mais individuais, mercadológicos, por vezes, mesquinhos, repetindo o bordão do ter para ser.
Assim, talvez não existam mais tantos sonhos de buscar a cura das pessoas. Mas, os de possuir uma bela casa, um lindo carro na garagem, viagens para o exterior, ao se tornar um médico. Talvez não exista mais o médico da família e tão somente a família do médico.
Talvez não tenhamos mais tantos sonhos de lutar por justiça social, por “um mundo melhor”, cobrando das autoridades que apliquem bem os recursos públicos. Mas, o “sonho” de ser reconhecido pela sociedade, de aparecer na “telinha”, de poder dar “carteirada” em eventos, sendo jornalista. Talvez não exista mais o “porta voz” do social, mas apenas as janelas do individual.
Talvez não percebamos mais tantos sonhos que abracem causas coletivas, já que a lei da sobrevivência a qualquer custo, a busca pelos padrões impostos da tão decantada “qualidade de vida”, nos retire a qualidade devida de buscar a consciência universal de que todos somos um.
E foi assim, pensando em sonhos coletivos, que refleti sobre o Fies- o programa de financiamento estudantil criado pela nossa “pátria educadora”. É triste ver os sonhos interrompidos e desfeitos de tantos jovens e de tantas famílias pela impossibilidade de acesso a um curso superior. É desanimador sentir a forma desumana e insensível de cuidar dos sonhos de um governo que “alimentou” esta possibilidade, e, depois deixou milhares com “fome”.
Mas, o que mais incomodou é ver a passividade, a letargia dos universitários que já asseguraram o seu acesso aos bancos de uma faculdade. Esperava eu, em minha já cansada dor civil, ver estudantes de todo o país nas ruas. “Caras pintadas” exigindo o cumprimento do que foi prometido, sensibilizados com aqueles que foram alijados de forma tão abrupta dos bancos do ensino superior. Imaginava assistir pelas emissoras de televisão, jovens de todo o país iluminados pela causa, gritando palavras de apoio, expondo faixas com mensagens de solidariedade aos “colegas de classe”.
Senti então, este silêncio apático e o cansaço de jovens já tão velhos. Este outono frio e sem sol, quando o verão dos anos deveria convidar para o movimento. Senti corpos cheios de vida e vazios de lutas. Sarados por fora e tão debilitados em seu interior.
Universitários sem universo.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Baseado em fatos reais




- Cidinha, eu tenho uma bomba pra te falar...
- O que foi Cleusa? Qual é o babado?
- É sobre o Paulo, o marido da Vera...
(Cidinha faz cara de reconhecer o casal embora não tivesse a mínima ideia de quem a amiga estava falando)
- O que é que tem? Ele morreu?
- Pior que isto...quer dizer, nada disso. Você não vai acreditar...
- Para com este suspense Cleusa e conta logo...
- Eu custei a acreditar quando fiquei sabendo...
- Se você não disser logo, eu juro que vai haver um assassinato aqui...
- O Paulo tá preeeeso Cidinha!
- Como assim?Preso? Ele sempre me pareceu um cara honesto.
- Não é por isto não. Ele deu uma baita de uma surra na Vera e foi preso pela Lei Maria da Penha.
(Cidinha continua fingindo saber de quem se trata)
- Deus do Céu! Coitada da Vera.
- Pois é, menina. E a gente pensava que eles formavam um casal perfeito.
- É amiga. A gente nunca sabe o que acontece entre quatro paredes.
- Verdade. Mas a mim, o Paulo nunca me enganou. Ele tem um jeitão meio esquisito...um ar meio violento.
- Eu também sempre achei ele com cara de poucos amigos. Mas, quem é que te contou esta história?
- Ninguém. Fiquei sabendo pelo Facebook.
- Pera aí, Cleusa. Você tem certeza que esta história é verdadeira?
- Certeza, certeza...não tenho não. Mas onde há fumaça, há fogo.
- Sei não...vai que isto é fuxico. Tem gente que não tem nada pra fazer e fica falando mal da vida dos outros.
- Com certeza. Conheço gente que nem conhece as pessoas e fala como se conhecesse de muito tempo.
(Cidinha dá uma tossida forçada)
- Tem razão amiga. Eu tenho horror deste tipo de gente.
- Eu também não suporto quem fica cuidando da vida alheia. Ô falta de serviço!
- É coisa de quem tem tempo pra fofoca. Mas, se ficou sabendo da Márcia? Menina eu nem te conto...

quinta-feira, 30 de abril de 2015

NO PÉ E NA RAÇA


Nos pés de onze jogadores caminha um sonho. 
E afirmam, os mais prudentes, que é preciso ter os pés no chão.
Verdade. Afinal, cautela e caldo de galinho (não resisti) não fazem mal a ninguém. 
Mas, ironicamente, sonhos não têm como unidade de medida de comprimento, os pés. Os sonhos têm o tamanho que desejamos.
Um poeta disse certa vez que não existe nada mais real que o sonho. Para isto, esforço, dedicação, empenho e merecimento para os sonhos se tornarem reais. 
E se assim for, merecidamente, ao pé da letra, a nossa Veterana será a Campeã Mineira invicta de 2015. E por quê? 
Porque tem jogado um futebol de gente grande sem esquecer de ter pés de moleque para cuidar com arte e talento da menina bola. 
Vamos torcer muito para que o Galo enfie o pé pelas mãos e jurar de pé junto, que, no pé e na raça, a taça será nossa.
Mas, e se não der, perguntam os pé-ssimistas?
Pé de pato, man-GALÔ, três vezes! 
Se, os deuses do futebol não quiserem, entraremos em pé de guerra com eles, mas, ainda assim, estaremos juntos, aplaudindo de pé, o time da Veterana e gritando, como sempre:
Arriba, Caldense!


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Filosofria

Filosofria V

Resiste ao vento e aos temporais que atingem todo ser humano, no coração da gente,  a vontade imensa, o desejar tamanho, de dizer para alguém: - Eu te amo.

Filosofria IV

Passamos a vida buscando o significado de nossas perdas com a irônica compreensão de que verdadeiramente só saberemos a razão de tudo, após a perda de nossa própria vida.

Filosofria III

Estando em uma reunião de professores ouço as pessoas falando de tantas realidades que me vem a pergunta: onde é que foram parar os nossos sonhos?.

Filosofria II

As dores de tantas retinas, são muitas vezes, as dores de tantas rotinas.

Filosofria I

Já morri tantas vezes em vida que se a morte chegar amanhã nos cumprimentaremos como dois velhos conhecidos.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

FIM



E do anel que unia,
restou evidente,  apenas a branca marca no dedo anelar.
E das tantas juras que cantamos,
sobraram somente,  os juros de inúmeras contas a pagar.
E dos encantos da casa,
ficaram unicamente,  os incantáveis desencantos do verbo acasalar.
E de inúmeras fotos tiradas,
permaneceram simplesmente,  as molduras sem nada a mostrar.
E das palavras tão doces,
degustamos amargosamente,  o gosto sem gosto da palavra desgostar.
E dos muitos sonhos a dois,
seguiram individualmente,  os nossos dois eus a devanear.
E do passado vivido,
chegou-nos penosamente,  o doído presente de um novo recomeçar.