terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dia dos adultos

Quarta feira, 12 de outubro, Dia das Crianças, além de ser o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Com relação às crianças, sabemos, mais uma data comercial criada para vender produtos. O que não é de todo tão mal, pois, mantém o círculo vicioso de vender, manter e gerar empregos e novamente gerar vendas. Aproveitando a data, muitos ainda arrecadam brinquedos ou doces para crianças carentes e outras aproveitam para visitar creches e deixar doações. Tudo muito louvável. Mas, o que na verdade queremos propor é pedir licença às crianças e falar a elas sobre nós, os marmanjos, os “tiozãos”, os adultos.
Sim, crianças, vocês podem não saber, mas nós brincamos muito também. Sabe aqueles carrinhos de plásticos ou de metal que vocês têm e brincam com eles na calçada ou mesmo dentro de casa? Nós também brincamos com os nossos veículos no trânsito. No autorama da vida, aceleramos, fazemos curvas arrojadas, participamos de rachas, desrespeitamos a sinalização, ultrapassamos em locais proibidos. Somos os super heróis do volante. Pena que diferentemente das histórias em quadrinhos, muitos realmente morrem no transito.
E você aí, criança já jogou o Banco Imobiliário que antigamente era em papel e agora está virtual? Pois é. Nós brincamos também com o dinheiro, principalmente, do cidadão. Temos o jogo da corrupção, o jogo do poder, o jogo das falcatruas. O objetivo é ganhar dinheiro à custa do cidadão que paga impostos. O interessante destes jogos são as regras. Por exemplo, muitas vezes, um jogador é considerado culpado pela sociedade por ter roubado, mas, de repente, ele paga uma carta especial chamada propina e olha ele jogando novamente com o dinheiro público.
Você criança, deve ouvir falar muito de meio ambiente na escola não é? Sabe por quê? Ao longo do tempo, nós adultos fizemos e ainda fazemos muita arte. Destruímos as florestas, ateamos fogo nas matas, poluímos os rios, gastamos muita água desnecessariamente, matamos os animais pelo simples prazer. Por isto, merecemos levar mesmo umas palmadas da mãe natureza.
Bem, criança, este papo está ficando muito chato, não é? Falta nele alegria, a inocência, a espontaneidade que só você criança tem.
É que chega um momento que é tempo de ser adulto. E que não dá mais para ser criança, muito menos, de brincadeira.