domingo, 31 de outubro de 2010

Sob nova direção

A exemplo da Índia que tem Pratibha Devisingh Patil como presidenta (ainda bem que ela não concorreu aqui) e também da Argentina que tem Cristina Fernández de Kirchner, o Brasil se igualou a outros países no mundo e elegeu a primeira mulher a ocupar o cargo máximo na nação: Dilma Rousseff. Como sugestão, o PT bem que poderia mudar o nome agora para Partido das Trabalhadoras, que seria uma medida interessante para valorizar a vitória da candidata do partido. Por falar nisto, o nome Dilma, convenhamos, é mais difícil de falar do que Lula (talvez seja falta de costume). Outra coisa que ficou mais complicado foi ouvir na mídia o termo presidenta, que é correto, mas sonoramente é muito feio (talvez seja falta de costume II). Como outra sugestão (quem sabe eu não consigo uma vaguinha?) fiquei pensando em um nome mais fácil, mais popular para a Dilma, quem sabe um apelido? (com todo respeito). Depois de muito refletir me ocorreu um nome também de quatro letras: Malu. Hein? Não entendeu? Acha que estou MALUco? Calma aí, gente! Explico os motivos.
De maio de 1979 a dezembro de 1980, a Rede Globo apresentou um seriado chamado Malu Mulher. A série obteve grande sucesso nas pesquisas de audiência (assim como a Dilma) e teve problemas com a censura (assim como a presidenta) por apresentar temas ousados para a época como o aborto (alguma coincidência?). Também como a Dilma, Malu era uma mulher divorciada, guerreira, além de independente (bem aqui há controvérsias). Por tudo isto, o nome Malu me pareceu apropriado, mas, o que mais me convenceu foi perceber que a soma das duas letras finais da Dil + MA, mais a letra inicial de LU+ La, resultam em Malu. Ou seja, o nome fortaleceria ainda mais a união entre a Dilma e o Lula. Veja a fórmula: MA+ LU= MALU. Que idéia sensacional! (A minha vaguinha está mais perto agora!).

Mas tudo isto, concordamos, é o que menos importa. O que vale mesmo é pensar que a faixa de Presidente do Brasil será usada pela primeira vez por uma mulher. E se o Brasil for comparado a uma empresa, poderíamos colocar na sua fachada, a partir de primeiro de janeiro de 2011, uma faixa com os seguintes dizeres: “Agora sob nova direção”. E em plena estação das rosas, que lembra a feminilidade e para não dizer que não falei das flores, a nova direção terá, com certeza, muitos “espinhos” pela frente e muitas lutas. Bem maiores que aquelas que a então revolucionária Dilma enfrentou como opositora ao regime militar. Apenas para citar algumas: a luta contra as drogas, que com a chegada do crack, necessita urgentemente de uma mobilização nacional; a luta pela implantação do saneamento básico em todos os municípios do país, pois milhões de habitantes sofrem ainda com a falta de água e esgoto; a luta pela educação, prioritariamente nos ensinos fundamental e médio, com a valorização dos professores e no acesso de todas as crianças brasileiras. Estas são apenas algumas das batalhas que necessitam de muitas armas e estratégias para serem vencidas. Para finalizar este texto, que está ficando mais longo que discurso de posse, faz-se necessário, em caráter de urgência, enfrentar realmente os inimigos das tão prometidas (e nunca cumpridas), reformas: a tributária, a política, a trabalhista e a reforma da previdência. Como todas elas passam necessariamente pelo Congresso Nacional, outra faixa curiosa poderá então ser vista no prédio da Câmara em Brasília: “Câmara Federal– Aberta para reformas”. Assim seja.
Boa sorte, Brasil! God save the Queen!