domingo, 31 de maio de 2009

NÃO HÁ VAGAS, VAGAS

O número de carros em Poços aumenta a cada dia, fruto do crescimento da cidade, dos turistas e de milhares de moradores de municípios vizinhos que buscam produtos e serviços no mercado local.
Daí que achar uma vaga para estacionar na área central, principalmente nos horários de pico, se torna o fim da picada. Vale tudo. Desde o misticismo de cruzar os dedinhos, até o de comprar cavalete e colocar na frente do estabelecimento como se fosse vaga reservada.
Dias atrás estava com minha esposa no carro e eis que, senão, quando, me aparece uma vaga para estacionar bem na área central. Para surpresa dela, estacionei imediatamente, mesmo sabendo que, na verdade, eu estava me dirigindo para um bairro afastado do centro. Justificando minha atitude, disse a ela: “Você acha que iria perder essa vaguinha? Nunca!”.
Em outra oportunidade, depois de tanto vagar, fui parar na Praça Getúlio Vagas, quer dizer, Vargas, para conseguir um local para estacionar.
Mas, ao invés de ficar divagando sobre o tema, o importante é buscar soluções.
Uma sugestão econômica é a de deixar o carro em local que a gente tem absoluta certeza (pelo menos, por enquanto) que tem vaga: na garagem.
Outra idéia é mais taxativa: virar taxista. Além de pagar taxas mais baixas de financiamento para aquisição de um carro novo, existem mais vagas na área central para os táxis, que o número de táxis existentes. Aliás, taxímetro é um aparelho que identifica o número de táxis por metro, e, aqui em Poços, se considerarmos o espaço reservado para os táxis...
Quer outra alternativa? Ao invés do cavalete que já está manjado, comprar um cavalo e virar charreteiro. Tudo bem que você vai ter que conviver com as fezes do animal, por outro lado, vai deixar de ficar “enfezado” com a falta de vagas.
Uma solução mais esportiva e saudável, que pode dar pedal, é comprar uma “magrela”. Vai haver certa (muita) dificuldade nos morros, mas pelo menos, você não vai morrer (ou matar), para conseguir um espaço e colocar sua bike.
Existem outras soluções a serem estudadas: ônibus, motocicleta, skate, patins, patinete, paraglider, o monotrilho (hein???).
Porém, muita gente está optando mesmo por voltar a andar a pé. Faz bem para o corpo, para o bolso e só se gasta a sola do sapato. Tudo bem que você vai ter que driblar os distribuidores de panfletos, as mesinhas nas calçadas, os buracos no chão, os cocôs de cachorros, os chicletes que grudam e os pedintes que grudam (incluindo os “amigos”), as madames que ficam olhando vitrines sem nada comprar, os divulgadores e divulgadoras de operadoras telefônicas, os chatos das esquinas que possuem soluções para todos os problemas, os “lobos em pele de cordeiro”, os que te esbarram por terem muita pressa e os que você esbarra por não terem pressa nenhuma, os que te falam “você tá sumido” e os que você quer que sumam realmente...