quinta-feira, 19 de março de 2009

“EEEEEEPA! Olha o milho verde!”

O marketing é apontado hoje em dia como causa e solução dos problemas das pessoas e empresas. A empresa vai bem? É que eles investem muito em marketing...
O candidato venceu as eleições? Também, com o marketing que fizeram...
Assim, marketing parece uma varinha de condão que transforma, da noite para o dia, o fracasso em sucesso, os resultados negativos em positivos, o déficit em superávit.
Mas, quando se pergunta o que é marketing, a maioria das pessoas costuma citar aspectos promocionais como explicação para a palavra.
Na verdade, o marketing vai muito além disso e é resultado de uma série de informações e estudos que buscam, atender e até superar, os desejos e necessidades dos clientes externos, mas também internos.
O composto de marketing, ou o chamado “ 4 Pês” (Produto, Preço, Promoção e Ponto de Venda) é a base que busca analisar a empresa nestes fundamentos e propor estratégias para se alcançar os consumidores, e o que é mais importante, transforma-los em clientes fiéis.
Em um conceito mais amplo, a palavra “relacionamento” parece ser a que mais se aplica nos conceitos modernos do marketing. Como melhorar o relacionamento entre a empresa e o cliente buscando o “ganha-ganha” para ambos, talvez seja a principal tarefa da administração mercadológica no mundo contemporâneo.
Mas, o que fazer em um mercado extremamente competitivo, onde os produtos têm o mesmo nível de qualidade e preço?
Buscar o que se denomina de diferencial competitivo, ou seja, inovar.
Estudar o mercado onde se atua e descobrir um nicho, qualquer ação que chame a atenção do consumidor, que faça com que ele tenha desejo pelo seu produto. Ir além, oferecer um atrativo, superar as expectativas do cliente.
Repare bem: quando é que você foi surpreendido por uma ação da loja onde você compra há tantos anos? Quando é que lhe ofereceram algo “graciosamente” como uma oferta da casa em reconhecimento aos anos que você compra naquele local?
A maioria de nós ao invés de “momentos mágicos”, como diz o professor Luiz Marins, só vivenciou até hoje “momentos trágicos” a nos lembrar de uma experiência de compra em determinado local.
Embora as empresas digam que o “cliente é o rei”, que ele é “o elemento mais importante em nossa loja”, na prática isto pouco acontece. O consumidor ainda é muito mal atendido e muito pouco reverenciado, aliás, as empresas na verdade nem o conhecem. Quando perguntamos quem é o cliente, o público alvo, as respostas falam de elementos genéricos que hoje em dia pouco dizem. Na verdade se faz necessário conhecer cada cliente, com as suas características individuais que não mais se encaixam em classificações genéricas.
Quem mora em Poços de Caldas, já se acostumou a ouvir pelas ruas da cidade, um vendedor de milho verde que com voz forte e firme, sem auxílio de caixas de som, faz a divulgação do seu produto de maneira diferenciada. “EEEEEPA, olha o Milho Verde” é o seu bordão para dizer a que veio e o que tem a oferecer.
Que aprendamos com esse vendedor ambulante a diferenciar nossas empresas, produtos e serviços. É hora dos empresários refletirem muito, pesquisarem muito, para alcançarem os seus clientes. É hora de amadurecer. “EEEEEPA! Olha o milho verde””!