sábado, 14 de janeiro de 2012

Regra três

Fiquei pensando (e isto geralmente não cheira bem): já que não estamos (pelo menos, nós, os mortais) conseguindo compreender o que aconteceu na política local nos últimos tempos, quem sabe não precisamos mudar os nossos instrumentos de análise. Como tudo na política municipal tem sido tratado muito pelo seu lado emocional, vamos tentar entender o lado racional de tudo. Por exemplo, optar por Pitágoras e a sua Matemática, que é -como sabemos- a investigação das estruturas abstratas definidas axiomaticamente, usando a lógica formal como estrutura comum. Assim, simples e claro como reunião partidária. Podemos transformar as incógnitas do novo momento político em equações. Acompanhe o raciocínio.
Anos atrás, A se somou ao B contra o C que já era contra o B. Passado algum tempo, B e A se desentenderam. Daí, o A se somou ao C contra o B que continuava contra o C. Recentemente, porém, A se desentendeu com o C, todavia, permaneceu contra o B. O resultado é que A, teoricamente, está sem o B e também sem o C. Mas, o A acredita existir uma alternativa: o D, que ainda não entrou na eleição, quer dizer, equação. O D é resultado da soma de parte do C, mais ele, o A. Viu? Agora sim, ficou tudo muito mais claro.
Podemos ainda, mudar a régua e analisar o atual momento político na cidade, através da Geometria, que é a parte da matemática cujo objeto de estudo é o espaço e as figuras que podem ocupá-lo. Tudo a ver com o momento. Figuras políticas buscando ocupar um espaço no poder. Em outras palavras, vivemos um triangulo não muito amoroso, mas, que possui diversas relações trigonométricas eleitorais representadas por A, B e C, que parecem estar em lados opostos, mas, quem sabe o futuro? Tudo depende muito do ângulo que se analisa, percebe? Para entender melhor e com maior evidência, basta utilizar novamente Pitágoras, sabendo que a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Mais transparente, impossível.
Por ultimo, podemos nos valer da música para interpretar a partitura política do momento. Existem atualmente dezenas de músicos e orquestras. No passado, não muito distante, houve várias formações diferentes. Músicos que adoravam o jazz e não gostavam de forró universitário, de repente, ou no repente, trocavam o clássico pelo popular. Em sua última formação, a orquestra municipal foi composta por vários músicos de diferentes bandas e, parecia a todos, que estes tocavam sob o mesmo compasso e na mesma batuta. Mas, a orquestra desafinou, houve dissonância e perdeu-se a harmonia. Agora, o maestro busca uma nova formação, um novo arranjo para tentar agradar o público.
O que se espera é que a futura orquestra pense mais na música que a platéia deseja ouvir e que a melodia seja realmente no tom exato dos cidadãos.
A todo político, um Acorde!
O povo está perdendo a esperança e, como disse Vinicius de Moraes, “o perdão também cansa de perdoar”.