domingo, 24 de janeiro de 2016

Erros que não ensinam



Este ano teremos eleições municipais. Talvez seja prematuro para falar sobre possíveis candidatos, partidos e propostas, mesmo que alguns “balões de ensaio” já possam ser vistos nos céus da cidade. Contudo, podemos prever o que teremos pela frente e, neste sentido, uma questão nos parece verdadeiramente clara: não aprendemos com os erros. Por quê? Porque não os corrigimos. 
Falemos sobre os partidos (adj.: que se partiu, quebrado, fragmentado). Alguém sabe dizer a diferença entre eles? Suas ideologias? Suas propostas para a cidade? Hoje, 35 anos após o início do pluripartidarismo no país, temos exatamente 35 partidos registrados oficialmente na Justiça Eleitoral, em uma análise combinatória de siglas iniciadas com a letra P. Não sabemos mais quem é quem, nem se quem era quem ainda é quem ou se quem não era quem agora é quem. Quem explica? 
Definitivamente podemos somente afirmar que vivemos uma nova classificação partidária: o Partido dos Trabalhadores (PT), os partidos anti-petistas (quem ???) e os partidos que ficam esperando para ver onde o vento sopra (a maioria). Ou seja, partido político no Brasil, não serve para muita coisa e, como gosto de samba, prefiro o partido alto.
Falemos sobre candidatos municipais ao executivo. Os “prefeituráveis” já são conhecidos nas esquinas e cafés da cidade, mas, eles mesmo dizem (por estratégia ou receio do “vai que...”) aguardarem as convenções partidárias que devem ocorrer de 12 a 30 de junho. Ou seja, somente saberemos em quem poderemos votar, 3 meses antes das eleições, pois estas deverão ocorrer em 02 de outubro. Assim, deveremos ter como candidatos, os que já foram prefeitos e querem voltar a ser. Os que nunca foram e querem ser. E também aqueles que nunca foram, não querem ser, mas serão, por força da circunstâncias, na calada da noite, como já ocorreu em outros tempos. 
Falemos sobre propostas, planos, projetos, programas, como queiram utilizar a língua do P. Aí é que estamos perdidos, pois o P de Planejamento não existe e faz tempo no município. Nas propagandas políticas (2 ps) veiculadas pelo rádio e tv, os candidatos divulgarão os famosos “planos de governo”, muitos deles tirados da internet e com adaptações, retirando-se apenas o nome da cidade e colocando “Poços de Caldas”. Não me espantarei se alguém sugerir “novo planejamento visual na orla marítima da cidade”.
Finalizando e infelizmente, deveremos viver o mesmo do mesmo (vou aproveitar e comer um torresmo). A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim. 
Ah! Pelo menos em uma coisa teremos uma mudança: por falta de dinheiro, as eleições municipais serão manuais, ou seja, não teremos as urnas eletrônicas. Assim, por uma outra leitura, quando não enxergamos mais futuro, quando os erros no presente se repetem, realmente só temos uma saída: voltar ao passado. Ninguém merece!

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