A Copa do
Mundo é nossa e com o brasileiro não há quem possa.
O país vive
a expectativa de um evento mundial que será reflexo do que estamos construindo (ou
destruindo?) ao longo do tempo. É notório que não conseguimos cumprir com toda
a infra-estrutura necessária para realizar o evento. Mas e daí? O que isto vem
demonstrar? Nada que seja diferente do
que há anos o brasileiro vivencia no seu dia-a-dia, pois também não conseguimos
cumprir nossas metas na educação, na saúde, na segurança... E na Copa do Mundo
seríamos outro país no padrão FIFA? Sabe de nada inocente.
Assistimos
as greves, as paralisações, os movimentos sociais nas ruas. É notório como são
desorganizados, sem metas claras, sem propostas factíveis, sem estrutura, sem
líderes. Mas e daí? Sabe de nada inocente. Eles são reflexos da nossa própria
desorganização diária, da ausência de ideais, da falta de lideranças, da nossa
incompreensão da realidade. Perdemos nossa identidade e não sabemos quem somos
nem para onde estamos indo. Transformaram-nos em marionetes e quando vamos
exercer nossa cidadania já não somos mais cidadãos.
Na seleção
brasileira dos 23 convocados, 19 jogadores estão no exterior. Mas e daí? Sabe
de nada inocente. Eles não são muito diferentes dos milhares de brasileiros que
não encontram oportunidades aqui e o passaporte carimbado alimenta a esperança
de ser “contratado” por outro país.
Mas e o
futebol brasileiro que encantava o mundo?
Sabe de nada inocente. Times sem entrosamento, sem regularidade, sem
padrão, muito menos FIFA. Mas e daí? O
futebol é apenas o replay dos gols contras que estamos marcando em diversas
áreas, já que a corrupção generalizada, a impunidade, os mandos e desmandos nos
deixaram mais tristes, menos criativos, sem autoestima. Pedala Robinho!
Mas tudo
bem. Após a Copa teremos as eleições e vamos mudar este jogo.
Sabe de nada
inocente.
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