Chega um tempo em que os olhos acordam lívidos, frios,
sólidos.
Somente enxergam o que enxergam.
A pedra é uma pedra, a flor é uma flor, a semente, semente.
Tempo de não querer colher, por não querer plantar.
De não querer vencer, por não querer lutar.
Tempo em que se aceita a existência do imutável.
O peixe aceita o anzol, o cavalo o laço, o pulso, a algema.
Tempo de emudecer, resignar, aquietar.
Jogar a toalha, já que a seca chegou.
Aceitar a navalha, já que a dor se instalou.
Um tempo cético. Um tempo ateu.
Chega um tempo em que o próprio tempo diz
Chega.
Somente enxergam o que enxergam.
A pedra é uma pedra, a flor é uma flor, a semente, semente.
Tempo de não querer colher, por não querer plantar.
De não querer vencer, por não querer lutar.
Tempo em que se aceita a existência do imutável.
O peixe aceita o anzol, o cavalo o laço, o pulso, a algema.
Tempo de emudecer, resignar, aquietar.
Jogar a toalha, já que a seca chegou.
Aceitar a navalha, já que a dor se instalou.
Um tempo cético. Um tempo ateu.
Chega um tempo em que o próprio tempo diz
Chega.
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