domingo, 4 de maio de 2014

S de Senna


Senna se solidarizava sempre. Sabia sua sina: ser símbolo social. Sendo sábio, soube ser simples.

Sincretizava sambas-sinfonias, silvas-shakeaspeares, subúrbios-soçaites.

Solidário sintonizava sentimentos: seríamos seres servis, subnutridos? Subdesenvolvidas sucatas subservientes?

Stop.

Senna sepultou segregações, silenciando soberanos senhores.

Sabiam? Somos sul-americanos, somos sol, sertanejos seculares, sofisticados seres singulares.

Senna sorria sinalizando seriedade.

Sabia ser simpático sem sequestrar sinceridade.

Soldado, seu suor significava sangue. Seu semblante sentenciava soluços, segredos, sedes, sombras.

Sim, Senna sofreu.

Simultaneamente, somava sucessos, semeando sonhos.

Senna soube sutilmente superar sortilégios.

Sobre Senna, sinceros sinônimos: sensacional, sedutor, superior. 

Sobressalto! 

Senna saiu. Senna subiu.

Sem Senna, sem saída, somos só sobreviventes.

Sem sundays, sofás, sons... somos só silêncio.

SOS.

Somos sós.

Saudades suas.

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