segunda-feira, 19 de junho de 2017

Eu me amo


Fico sabendo da existência de uma nova tendência no mundo moderno: a sologamia. Diferente da monogamia (casamento com uma única parceira ou parceiro) e da poligamia (casamento com vários parceiros ou parceiras), a sologamia vem propor o “casamento consigo mesmo” com direito a cerimônia e tais. 
Tudo bem que isto já foi previsto na década de 1980 pelo grande filósofo Roger do Ultraje a Rigor no “eu me amo, eu me amo, já não posso mais viver sem mim”, mas agora, ficou oficial. 
Não se deu bem com um parceiro ou parceira? Teve várias desilusões amorosas? Acredita que este negócio de “dupla” não está com nada?
Seus problemas acabaram e a solução chegou: a sologamia, ou seja, “gamado” por si mesmo. 
Chega desta busca sofrida e interminável de querer achar o par perfeito. A alma gêmea? É você. A outra metade da laranja? Você. A tampa da panela? Você.
Freud explica. Nesta nova vida, o seu Id, o seu Ego e o Superego, terão, enfim, a possibilidade de viverem felizes para sempre. 
Assim, quer você seja o Eu-gênio, a Eu-nice ou o Di-ego, a vida “a um” será um paraíso. Ah, se Adão ou a Eva tivessem descoberto isto... definitivamente,o mundo não seria o mesmo. Afinal, conversando com a gente mesmo é que a gente se entende...ou não. 
 Contudo, para isto ser realmente efetivo e afetivo, assim como em um casamento tradicional, você precisa dizer “Sim”. 
- Promete ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-se e respeitando-se por todos os dias de sua vida?
- Sim.
Pronto. Você já é casado consigo mesmo e pode partir para a sua lua de mel em Miami . Agora, com esta sua “roupa nova”, feliz da vida, faça um selfie e bote a boca no trombone:
“Eu me amo e vou gritar para todo mundo ouvir...”

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