sábado, 7 de maio de 2016

Um dia sem mãe

 
Mães geralmente não têm dia para si. Somente para seus filhos. Por isto inventaram o “Dia das Mães”, que, além dos objetivos comerciais, serve para que elas tenham 24 horas recebendo o carinho dos filhos. Claro que destas horas, poucas realmente serão dedicadas à ela, em rápidos abraços e beijos, uma rosa, quem sabe um bouquet, um presentinho ou mesmo um “vamos almoçar fora neste domingo. A senhora hoje vai ficar longe do fogão”. Mas, até mesmo nesse dia, elas estarão pensando naquele filho ausente, ou preocupadas com algum problema relacionado à saúde, ao emprego e ao relacionamento daqueles já casados. 
Contudo, é importante celebrar o Dia das Mães. Estar com ela, abraçá-la e enche-la de mimos durante um dia, é o mínimo que se pode fazer para quem celebra o dia dos filhos o ano inteiro. 
Mas, e aqueles que só têm a saudade para abraçar? Os que olhando para uma foto dela sorrindo só pensam em dizer chorando: “Mãe, que falta a senhora me faz!”.
Sim, a lembrança dela está em muitos locais da casa. Naquele “santuário” próximo à cama, onde ela diariamente fazia suas orações pedindo o auxílio divino aos filhos. O fogão, a geladeira, a máquina de lavar roupa agora, são apenas objetos sem alma, pois falta as mãos que justificavam as suas existências ao realizar muitas tarefas...para os filhos. 
Aquele cobertor então, recordação de tantos invernos, nunca mais aqueceu como antes, sem o carinho e o calor dos cuidados dela para com...os filhos. 
Hoje já não há mais os encontros de antes, quando ela, a razão de tudo, já não se encontra para celebrar a união com...os filhos. 
Por tudo e por todos aqueles que no Dia das _____, a falta dela se faz presente, o consolo e a certeza de que a vida eterna nos preencherá todo o imenso vazio de tantos dias sem Mãe.
(À memória de Dona Ana, que de tanto ser mãe de 9 filhos, em outubro de 2015, foi ser uma filha ainda mais próxima de Deus)

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