domingo, 24 de agosto de 2014

Libertas: sem audiência

O rádio foi o primeiro veículo de comunicação de massa no mundo.
É inegável sua força ao longo da história para o bem e para o mal, utilizado inclusive por Joseph Goebbels, ministro de Hitler para espalhar o antissemitismo pela Alemanha durante a Segunda Grande Guerra.
Ao longo do tempo, houve o aparecimento da TV e hoje, a Internet reúne todos os veículos naquilo que se reconhece como convergência digital. Apesar desta evolução tecnológica, incluindo as rádios-web, as emissoras de rádio continuam fortes conquistando milhões de ouvintes em todo o mundo. 
Pena que em Poços de Caldas, no sul das Gerais, uma emissora como a Rádio Libertas, não receba da atual administração e vale dizer, de outros governos municipais que a antecederam, a audiência necessária. 
Pena que não se enxergue na Libertas a força que o veiculo já teve na divulgação das belezas da cidade, como elemento importante de entretenimento e informação ao cidadão. 
Pena que se permita a dilapidação deste patrimônio cultural e que os microfones da Libertas não alcancem o prédio, agora amarelo, da área central da cidade. 
Pena que não se busque uma sintonia entre o passado memorável da emissora com os dias atuais e que se deixe fora do ar, como acontece na atualidade, a Libertas de todos os poços-caldenses, de tantas histórias, de tantos locutores que já passaram e ainda estão na emissora.
Irão dizer que investir em saúde e educação é muito mais importante. Mera desculpa de quem não sabe dimensionar que o rádio pode ser sim, instrumento de divulgação de bons hábitos de higiene e cuidados com a saúde, além de propagador da arte e da cultura de um país, de um município. 
Infelizmente, o Complexo Santa Cruz que abriga as instalações da emissora, um local esquecido, sujo, sem as mínimas condições de higiene e segurança, é o retrato fidedigno daquela que foi uma das primeiras e mais importantes emissoras de freqüência modulada do interior do país.
Cabe alertar, finalmente, que o presente texto poderá até ser lido, mas, fica a impressão de que nenhuma autoridade lhe dará ouvidos. Exatamente como acontece com a Libertas, o que, vamos combinar, é muito pior.


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