sábado, 14 de dezembro de 2013

Vistas grossas


Não se sabe se é algo patológico, genético, ou mesmo congênito. O que se sabe é que, ao longo dos anos, se transformou em uma epidemia de graves conseqüências no Brasil. O problema começa com um desvio quase imperceptível do globo ocular, posteriormente vai se agravando até comprometer toda a visão. Embora não seja descrito na oftalmologia, o problema da “vistas grossas” atinge cada vez mais, um número maior de brasileiros, notadamente àqueles que estão na administração pública, em suas mais diferentes esferas.
Sabe aquilo que muita gente vê, sabe que está errado, mas, finge que não vê, pois pra “resolvê” vai dar muito trabalho e, se for “candidatável”, nem voto vai gerar?
Com certeza, todo mundo conhece ao menos um exemplo desta insuficiência ocular e administrativa em qualquer cidade deste país. Responda aí: quantos anos você ouve falar de uma situação na área da saúde, da educação, da segurança, que necessita de solução? Contudo, o tempo passa, o tempo voa e a problemática sem a “solucionática” continua. Pelo contrário, quando o problema se agrava, gera muitos outros como a “miopia” de prioridades, o “glaucoma” da impunidade, a “catarata” de desmandos.
Será que existe tratamento, um remédio eficaz, um procedimento cirúrgico, ou a situação é irreversível?  Olha, do jeito que as coisas andam embaçadas, não dá para ver nenhuma solução para a tal doença, que se espalhou e se tornou crônica pelas administrações públicas do país.
A esperança é que algum homem de visão possa criar uma lente corretiva, ao menos para minimizar tal situação, ou mesmo, óculos especiais que possam livrar o povo de tanta armação.

Por último, a certeza que este artigo, como muitos sobre o mesmo tema, não irá mudar absolutamente nada. Sabe por quê?  Os que realmente precisariam ler e refletir sobre este assunto irão, com certeza e mais uma vez, fazer “vistas grossas”...

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