domingo, 4 de novembro de 2012

POÇOS: O FUTURO LHE ESPERA E DAÍ?

Em 06 de novembro de 1872 nascia oficialmente o município de Poços de Caldas. Naquele mesmo ano o Brasil de Dom Pedro II realizava seu primeiro censo contabilizando pouco mais de 10 milhões de habitantes. De lá para cá, o Brasil cresceu muito e Poços, por sua vez, passou por diversas fases relacionadas ao turismo e ao seu desenvolvimento industrial, comercial e cultural. Em uma linha do tempo sem cientificidade e com licença poética dos historiadores, podemos destacar alguns acontecimentos: o turismo das águas com o balneário dos Macacos e da Thermas; o turismo dos cassinos com o Palace Casino e o Palace Hotel; o turismo da lua de mel com o crescimento da rede hoteleira; o desenvolvimento industrial com a Alcoa e outras empresas; o cultural com a Urca e a chegada das universidades; o comercial com as modernas lojas da área central e a inauguração do shopping. Na área pública com a mesma régua, apenas para registro e sem juízos de valor, o planejamento viário das ruas largas e jardins, o saneamento básico com o DMAE, a energia elétrica com o DME, a inauguração do Terminal de Linhas Urbanas e a Rodoviária, o Hospital da Santa Casa e a Policlínica. Junto a estas ações citadas apenas como exemplos poderiam se agregar muitas outras se não houvesse limitação de tempo, espaço e memória.  Se o passado nos traz páginas de inúmeras conquistas qual o futuro estamos escrevendo para esta cidade que completa 140 anos de histórias?
Precisamos pensar no presente. Temos problemas no trânsito com o aumento diário no número de veículos e congestionamentos cada vez mais frequentes; o transporte coletivo com tarifa alta e desequilíbrio operacional; a saúde que, apesar dos esforços, não acompanha as necessidades da população e nem se mantém saudável para os profissionais do setor; o turismo sem diretrizes em longo prazo; a cultura carente de política específica para a sua sustentabilidade; a energia elétrica e o saneamento básico sem energia para o crescimento; o volume de lixo gerado sem o tratamento devido; a prefeitura sem estrutura física e forma ultrapassada de gestão; as drogas invadindo as famílias. Como buscar soluções na atualidade para todas estas questões sem comprometer o futuro?
Inexistem claro receitas prontas e nem fórmulas mágicas. Muito menos acreditar que uma única andorinha é que fará o verão. Porém, criatividade, planejamento, parcerias e pessoal qualificado são pilares que não podem faltar na busca pelas soluções. Se continuarmos a cuidar “das doenças” sem buscar conhecer suas causas, estaremos no círculo vicioso da repetição de erros, que tem sido, infelizmente, característica das últimas administrações. Podemos afirmar sem medo de errar que o desenvolvimento de Poços é inevitável, mas os problemas oriundos podem ser evitados ou, pelo menos, tendo seus impactos reduzidos. O “furacão” se aproxima e os “registros meteorológicos” apontam que os “estragos” poderão ser grandes, se não houver medidas efetivas de combate. A inteligência precisa tomar o lugar do improviso; os estudos técnicos expulsarem os “achismos”; o planejamento nascer antes do “fazejamento”; as funções virem antes dos cargos e dos interesses político-partidários.
Enfim, para preservar a nossa sede de desenvolvimento, necessitamos pensar no futuro que acontece em cada ação no tempo presente. Se não for assim, corremos o risco de nos afogar com o excesso, ou mesmo, morrer de sede em frente a tantos mananciais.
Saúde Poços. Hoje e sempre!

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