domingo, 25 de março de 2012

A volta dos que não foram

A vida imita a arte e a arte imita a vida. Na história de cada um de nós existem momentos que parecem capítulos de novela, cenas de filme, páginas de um livro, atos de uma peça de teatro. Os gêneros são múltiplos: terror, suspense, drama, ficção, romance, policial, comédia. Se pudéssemos utilizaríamos uma ilha de edição para congelar os bons momentos e cortar aqueles que não foram lá muito interessantes. Refletindo sobre isto e vivendo minha “vagabundice filosófica” pensei em retratar o momento político local e as próximas eleições me valendo da arte cinematográfica como referência.
Assim, apertei o play do Blue Ray e raciocinei: vivemos um replay. Os protagonistas, os astros, continuam os mesmos de outras eleições, com alguns atores coadjuvantes tentando maior participação no roteiro. O título do filme: “Déja Vu”. Ou então (devido a algumas composições políticas que estão sendo cogitadas) o título poderia ser ”Como se fosse à primeira vez”. Muitos dos candidatos se conhecem de outras épocas e o “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado” reata os acordos, como “Sinais” de que na “Lenda Urbana” a “Mudança de Hábito” é quase “Missão Impossível”. O fato novo no quadro político foi o rompimento do atual chefe do executivo com o grupo que o apoiava. O “Pânico” tomou conta de muitos partidos que perguntavam “O que é isso, Companheiro?” e o “Efeito Colateral” ainda está sendo analisado. Para uns, foi “Golpe Baixo” na alegação de que estavam, sem saber, “Dormindo com o Inimigo”. Para outros, o prefeito estava no “Limite do Silêncio” e a ação foi estratégia de “Uma mente brilhante” com “O plano perfeito” para a vitória eleitoral. Outro fator que movimentou o cenário foi a “Invasão Súbita” no gramado pelo atual prefeito no jogo Caldense x Cruzeiro. Para muitos, o prefeito foi “Além dos Limites” e a sua reeleição ficou “Por um fio”. Para outros, um verdadeiro “Golpe de Mestre”, seguindo o “Plano de vôo” determinado.
O público assiste a todas as imagens na busca por acreditar que “A vida é bela”, que os “Embalos de sábado continuam” apesar da política, e, toda segunda feira é “Tempo de Recomeçar”. Alguns políticos e cidadãos comuns afirmam que já é chegada “A hora do despertar”, mas, a imensa maioria se acomoda no “Silêncio dos Inocentes”.
Tudo contribui, infelizmente, para a compreensão coletiva de que os políticos estão mais preocupados com o exercício do poder e o “Esqueceram de mim” é fala cotidiana dos mais necessitados das ações públicas. O ato de votar no país, infelizmente, se torna mais uma “encenação” e o discurso de um político apenas uma “Proposta Indecente”.
“A vida segue”, “E o vento levou” um pouco das nossas crenças, embora e ainda bem, continuamos “Em busca da felicidade”. Quem sabe, “Em algum lugar do Passado” possamos reencontrar as nossas crenças de um final feliz.
Não perca, então, as próximas cenas, porque a “arte” dos políticos afeta a vida real de todos nós e cada cidadão é co-responsável pelo roteiro.

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