segunda-feira, 18 de julho de 2011

Menor: o problema maior

Não é simplesmente um jogo de palavras. O maior, ou um dos maiores problemas nacionais, é o menor, principalmente, a criança ou adolescente que se encontra em condições de risco. A frase milenar do sábio Pitágoras “educai as crianças e não será necessário punir os homens” se torna a cada dia mais atual. A situação do menor passa por vários ambientes: econômicos, sociais, políticos, culturais, psicológicos, daí, a complexidade na busca por soluções. Na atualidade, como um dos agravantes mais determinantes, os problemas dos pais com a dependência química (leia-se drogas e álcool) têm afetado um número maior de crianças, além de resultar em um índice crescente da gravidez na adolescência. A abordagem de como tratar ou minimizar os impactos que uma criança pode sofrer demanda a participação do poder público e de toda a sociedade.
Refletindo sobre como resolver ou atenuar situação tão ampla e abrangente, nos veio à lembrança uma história que diz o seguinte. Dois pescadores estavam em um rio e de repente um deles viu uma criança se afogando. Mais que depressa, o pescador saltou no rio para salva-la. No mesmo instante, o outro pescador viu outra criança se afogando e fez o mesmo, pulou no rio para salva-la. Nem bem eles já estavam salvando as crianças, notaram que outras também estavam se afogando. E mais uma vez pularam no rio para salvá-las. E isto continuou a acontecer, até que um deles disse ao outro:- Tente salvar as crianças que puder que eu vou lá em cima ver quem está jogando as crianças no rio.
Assim, metaforicamente, como saber quem está jogando as crianças no rio, ou seja, como tentar interromper ou atenuar o grave problema do menor no Brasil? Entre outras analises, uma das soluções parece ser através do planejamento familiar. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de mulheres no mundo desejam evitar a gravidez, porém, nem elas, nem seus parceiros estão fazendo uso dos métodos contraceptivos. Entre outras causas, está à falta de informação que não chega principalmente nas classes de menor poder aquisitivo. Faltam orientação e acesso aos métodos para se evitar a gravidez, preservando, é claro, a saúde da mulher. O resultado é o nascimento cada vez maior de crianças em famílias que não possuem condições adequadas para cuidar da criança e do adolescente com tudo o que estes necessitam para se tornarem adultos preparados a enfrentar os desafios da sobrevivência.
Todo menor ou adolescente com fome, sem cultura e educação, sem estrutura física e psicológica é um problema nosso na consciência de que pertencemos a uma só família, como filhos de um único Pai.

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