domingo, 25 de outubro de 2009

REGINHO

Eu tinha certeza que seus amigos eram muitos.
Você somou milhares deles ao longo da sua vida.
Talvez seja por isso que você estudou e exerceu a contabilidade: só para ficar contabilizando amizades, né?
Fiquei imaginando o tamanho do orgulho de seus familiares em saber o quanto você é querido, cara. E cada lágrima que eu vi no rosto das pessoas, tinha um pouco do amor que você espalhou por toda a cidade.
Você fez muita gente feliz e não se faz isso, sem que, na mesma proporção, seja o tamanho da tristeza, que muitos estão sentindo. Sei que não é assim que você queria, mas é demasiadamente humano, meu. Não deu para segurar o desalento, o cansaço, a incompreensão e as interrogações.
As contas não fecharam , cara.
Houve algum erro e parece que a vida, nestes momentos, faz por merecer uma auditoria.
Talvez, seja isso que você veio nos ensinar: a administrar coisas contraditórias.
Você mesmo foi exemplo disso. Como é que um cara tão grande como você, ganhou o apelido de Reginho? E tão alto, foi tocar contrabaixo no Rock Doctors?
Vamos então sorrir em meio à tristeza.
Seguir em frente, quando o nosso desejo é parar.
Investir ainda mais, quando parece que fomos à falência.
Como disse seu irmão, Paulo Trombone, “aqui tem muita gente triste, mas em outro local para onde o Reginho está indo, a festa começou...”
Grande Reginho! O mundo estava realmente muito pequeno para um cara do seu tamanho.

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