segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Que vença o Brasil


Há que se acatar com serenidade, discernimento e bom senso, entre vencidos e vencedores, o resultado das urnas eleitorais e o que a maioria da população revelou com o voto. Saber perder é tão necessário como saber vencer. 
Se a eleição presidencial sinalizou uma clara divisão em todo o país, passada agora as emoções, os conflitos e as divergências inerentes ao processo democrático, o momento é de reflexão para um novo projeto político que possa realmente unir a todos os cidadãos.
A eleição passou, mas ela deixou um legado a todos nós, agentes públicos, empresários, profissionais da imprensa, enfim, a cada trabalhador brasileiro. 
A eleição já faz parte do passado e se faz necessário pensar no futuro do país e o que sobrou de ensinamento nas eleições mais acirradas de nossa democracia. 
Talvez, o maior ensinamento seja o de que necessitamos continuar discutindo, participando, cobrando e exigindo da classe política que ela cumpra com seus compromissos como representantes de toda a população. 
E se avançamos na direção da nossa maioridade política, vamos torcer para que, além do voto, nossa voz continue sendo ouvida. 
Que os novos governadores, deputados, senadores e a própria presidência da república, governem com maior consciência;
Que possam combater a corrupção com a energia devida para que realmente seja extinta de nossas empresas públicas e privadas;
Que não estimulem a divisão de classes entre empresários e patrões, nordeste e sudeste, homos e heteros, elite e proletariado, pois os rótulos só promovem o desequilíbrio, a desconstrução, as desavenças e as perdas coletivas; 
Que façam as reformas que o Brasil necessita há tempos, como a reforma política, a previdenciária, a fiscal e a reforma tributária; 
Que combatam com todas as forças, ações e políticas públicas, um dos principais problemas nacionais que é o consumo de drogas, que tem como consequência imediata, a violência urbana; 
Que não enganem a boa fé dos brasileiros, ajam com clareza e transparência, veracidade e determinação e, principalmente, muito zelo com os recursos públicos;
Que invistam prioritariamente em saúde e educação, mas sem assistencialismos casuísticos que comprometem a dignidade humana e promovem a inércia;
Que as disputas partidárias tenham como foco o cidadão e não os privilégios para qualquer agremiação política;
Que o poder não inebrie, não encante, não envaideça e não se aproxime dos privilégios individuais em detrimento das causas coletivas; 
Enfim, passadas as eleições, torçamos para que a luta continue em prol de um novo projeto político para que o maior vencedor das urnas seja verdadeiramente o Brasil.


Nenhum comentário:

Postar um comentário