sexta-feira, 13 de abril de 2012

O futebol nasceu realmente em 1912

Antes de mais nada quero esclarecer que não sou fanático. Claro, tenho várias camisas do time na minha gaveta e carrego na carteira, um distintivo do clube. Também não perco um jogo, quer seja pelo rádio ou pela TV e fico triste ou alegre dependendo do placar. Sim, toda notícia que fala sobre o time não deixo de acompanhar. Obviamente também sei de cor o hino do clube e de vez em quando me pego cantarolando “agora quem dá bola é o...” Tenho também um livro que fala das conquistas do time e até hoje reclamo o roubo de um livro intitulado “O Álbum de Ouro” que contava tudo sobre o clube desde o início da sua fundação até os anos 1970, se me recordo bem. Também não sou de discutir futebol com os meus amigos, pois, em minha modesta opinião (me permitam agora dizer o nome do time), o Santos “não entra em campo, ele dá espetáculo”.
Por que sou santista? Não posso dizer que foi genético. Meu pai era Fluminense e “tirou o time de campo” em sua separação conjugal, pouco antes do meu nascimento. (Edson era antes do nascimento, depois virou Pelé, hehe). Os meus irmãos torciam e se retorcem até os dias atuais pelo Vasco da Gama, ou seja, são “vascaindos”, ops, vascaínos. Também não posso dizer que foi influência de amigos, já que desde os meus cinco anos de idade eu já era “apeixonado” pelo Peixe. Muitos dizem que na verdade eu sou é “viúva do Pelé”.
Tudo isto não tem a mínima importância, já que não existem mesmo explicações lógicas para a gente torcer por um time. Futebol é como religião, onde a fé se mistura com a paixão, inflama a emoção e o brasão do time se torna um manto sagrado. Não é por acaso que muitos times têm nomes sacros, como o São Paulo, Santo André, São Caetano, Santarritense. Eu dei sorte por torcer para um que engloba todos os santos e faz milagres com a bola nos pés. Fazer o que?
Enfim, quis o “deustino” que eu me tornasse fiel torcedor do alvinegro praiano desde menino. E o ser santista possui muitas características que a razão desconhece. Uma delas é que a grande maioria dos santistas nunca foi à cidade de Santos e nem sequer conhece a Vila Belmiro, a “mais famosa do mundo”. Alguns nunca viram o mar, embora para a gente, Netuno hoje é o Neymar e Ganso é o “cisne” do futebol brasileiro. Mais: 99,9% dos santistas também não tiveram o privilégio de ver o Pelé em campo, a não ser nas reprises da TV ou em filmes sobre o ex-jogador. Comentam ainda, não sem razão, que a torcida jovem do Santos é formada majoritariamente por “jovens” com mais de 50 anos de idade.
Por não ser um torcedor destes malucos que existem por aí, não vou ficar aqui registrando os inúmeros campeonatos conquistados pelo Peixe. Sinceramente não é objetivo dizer da simplicidade que sentimos perante os inúmeros títulos durante estes 100 anos de vida. Para nós santistas, isto é mera estatística. O que mais nos encanta é o futebol arte, aquele do drible, do passe perfeito, da falta bem cobrada e que teve e tem no Santos, ao longo de sua história, os mais legítimos representantes. Embora nem me lembre muito bem, pois não sou de ficar acompanhando muito de perto, vou apenas citar alguns gênios, quer dizer, jogadores: Coutinho, Pelé, Pepe, Geovanni, Pita, Ailton Lira, Robinho, Diego, Neymar, Ganso.
Como toda pessoa que tem na humildade seu principal atributo, quero finalmente esclarecer que não é verdade que o futebol surgiu na Inglaterra em 1863. Segundo especialistas, o esporte surgiu verdadeiramente em 1912 no Brasil, em uma cidade do litoral do estado de São Paulo em um time que não me recordo o nome, mas prometo irei pesquisar, ressaltando, mais uma vez, que nem sou muito ligado em futebol. “Agora quem dá bola é o ...”

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